Os enfermeiros palhaços realizam, no âmbito da ficção, procedimentos da rotina médica e de enfermagem, explorando os espaços físicos, sons específicos e objetos característicos do ambiente hospitalar, buscando estabelecer novas e lúdicas relações com aqueles que o habitam, sejam eles da equipe de saúde, pacientes, acompanhantes, faxineiras, seguranças.
Atuação no hospital
A atuação dos palhaços no hospital traz a experiência do humor para o ambiente e reforça a qualidade humana das relações que nele se estabelecem e a estrutura.
Esperando colaborar para a promoção de mudanças nas condições emocionais de internação, para o alívio de intenções criadas por certos procedimentos de exames médicos, para a possibilidade de atitudes mais positivas da criança em relação à doença, o palhaço, ao se integrar ao espaço do hospital, redimensiona ludicamente elementos como jalecos ou roupas brancas, seringas e estetoscópios – referência do mundo médico – e destitui, pelo humor, os significados que distinguem a hierarquia institucional. O palhaço se dirige ao que ainda é saudável numa criança que está doente: a sua capacidade de brincar e recriar a realidade a sua volta.
Desde 2000, uma dupla de enfermeiros palhaços visita as dependências pediátricas do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle: sala de espera do ambulatório, boxes de atendimento do ambulatório, serviço de hematologia, CTIp e enfermaria.
As atuações no IFF foram iniciadas em abril de 2006 na enfermaria pediátrica e na unidade intermediária do 5º andar. Entre 2007 e 2008, os enfermeiros palhaços fizeram internações regulares também no Departamento Pediátrico de Doenças Infecciosas (DPDI).
Em 2009, o Programa estendeu-se às intermediações do Hospital da Lagoa, atuando, semanalmente, na enfermaria pediátrica do 5º andar.